O exercício, independentemente da modalidade, traz desafios à fisiologia normal do corpo principalmente na capacidade do organismo de manter seu meio interno em certa estabilidade. A primeira grande mudança é utilização das reservas e estoques energéticos principalmente o glicogênio presente nos músculos e fígado. Outra alteração relevante são as microlesões musculares por utilização e sobrecarga de grupos musculares envolvidos na produção de movimento e atividade física. Além disso, o próprio movimento e sucessivas trocas de direção e mudanças no padrão de movimento levam a sobrecarga das articulações e podem comprometer a saúde óssea. O sistema imune também é colocado sob estresse de forma aguda e pode sofrer altera- ções importantes caso seja sobrecarregado e não esteja equilibrado. Por fim, todo o metabolismo e equilíbrio das células é alterado durante o exercício com diminuição importante da hidratação e micronutrientes.

Carboidratos e proteínas são essenciais após os treinos para reabastecer o glicogênio e reparar os músculos. Na proporção 1:2 (carboidratos:proteínas), quando ingeridos juntos e imediatamente, após o exercício, otimiza a recuperação, estimulando a síntese de glicogênio e proteínas musculares. Além disso, refeições ao longo do dia com carboidratos adequados e proteínas são cruciais para restaurar o glicogênio e manter síntese proteica durante recuperações prolongadas. Atletas visando recuperação eficiente e melhora do desempenho devem focar em uma dieta equilibrada de carboidratos e proteínas para maximizar os benefícios pós-exercício.

A qualidade das proteínas que consumimos considera fatores que influenciam a magnitude e a velocidade da síntese proteica após a ingestão. Esses fatores incluem o conteúdo de aminoácidos essenciais (EAA), a quantidade de leucina e a cinética de digestão e absorção de cada fonte. Como as adaptações do treinamento dependem de um balanço proteico positivo, essa qualidade é fundamental para otimizar resultados. A oferta de um produto com 20g de isolado de proteína do soro de leite (WPI), 6g de BCAA e 3g de leucina atende a essas necessidades.

A principal finalidade da nutrição com carboidratos pós-exercício é recuperar os estoques de glicogênio no fígado e nos músculos. Para maximizar essa síntese após um treino intenso, recomenda-se a ingestão de carboidratos de índice glicêmico moderado a alto, como dextrose e D-ribose, o mais rápido possível, na taxa de 1,0 a 1,2 g/kg nas primeiras 4 horas. Atletas que desejam restaurar rapidamente os níveis de glicogênio devem considerar uma combinação de glicose e frutose para otimizar a ressíntese no fígado e nos músculos.

A recuperação muscular após exercícios exaustivos é uma fase crucial para o desenvolvimento e a manutenção da massa muscular. A leucina desempenha um papel chave nesse processo devido ao seu papel na ativação da via de sinalização mTOR (Mammalian Target of Rapamycin), que regula a síntese proteica e, consequentemente, o crescimento muscular. Após um treino intenso, as fibras musculares sofrem microlesões, desencadeando uma resposta de reparo e crescimento. A leucina atua como um gatilho para a via mTOR, estimulando a síntese proteica e a formação de novas fibras musculares. Além disso, a leucina também auxilia na redução do catabolismo muscular, minimizando a degradação das proteínas musculares durante o processo de recuperação.

O colágeno é uma das proteínas mais abundantes e importantes encontradas no corpo humano. Ele desempenha um papel fundamental na estrutura e integridade de tecidos como pele, ossos, tendões, ligamentos e cartilagens. Existem diferentes tipos de colágeno, cada um com funções e localizações específicas no corpo. O tipo 2, no caso, é predominante na cartilagem das articulações. Sua principal função é fornecer resistência e flexibilidade a essas estruturas, desempenhando um papel crucial na manutenção da saúde articular. Estudos têm sugerido que ele pode ajudar na redução da dor e da inflamação nas articulações, além de contribuir para a regeneração da cartilagem. Isso é particularmente relevante para os atletas que estão sujeitos a cargas intensas durante treinos e competições.

A glutamina, classificada como um aminoácido não essencial, se destaca devido aos seus diversos benefícios à saúde e à performance física. Ela tem sido associada a uma recuperação muscular mais eficiente após o exercício intenso. Além disso, a glutamina auxilia na manutenção das funções imunológicas, principalmente em atletas sujeitos a treinamentos intensos, reduzindo o risco de infecções. Esse aminoácido também atua como fonte de energia para as células intestinais e contribui para a preservação da barreira intestinal, cuja integridade é essencial para a saúde geral. A glutamina também desempenha um papel na regulação do balanço nitrogenado em atletas submetidos a treinamento intenso e o equilíbrio do nitrogênio é crucial para a construção muscular e a síntese proteica.

Durante a prática esportiva, o corpo exige mais energia, e as vitaminas do complexo B garantem que sua produção ocorra de forma eficiente. As vitaminas B1 (tiamina), B6 (piridoxina) e B12 (cobalamina) são essenciais para a saúde do sistema nervoso, participando da produção de neurotransmissores e da manutenção das células nervosas, fundamentais para a coordenação muscular e o bom funcionamento do corpo na atividade física. Já as vitaminas B9 (ácido fólico) e B12 são essenciais para a formação de glóbulos vermelhos, que transportam oxigênio aos tecidos, sendo fundamentais para a oxigenação muscular durante o exercício.

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