Olá, pessoal! No post passado falei sobre a leucina, aminoácido essencial de cadeia ramificada (BCAA) que desempenha um papel crucial na recuperação muscular. E, puxando o gancho, hoje vou falar sobre outro aminoácido: a glutamina!
A glutamina, um aminoácido não essencial, tem ganhado destaque devido aos seus diversos benefícios para a saúde e o desempenho humano. Ela tem sido associada a uma recuperação muscular mais eficiente após o exercício intenso. Um estudo publicado no "Journal of Sports Science & Medicine" (2015) revelou que a suplementação de glutamina resultou em uma redução significativa da dor muscular de início tardio, indicando um efeito positivo na recuperação pós-treino.
Provavelmente você já deve ter ouvido falar que ela é um reforço imunológico e também benéfica para a saúde intestinal. E é! Um estudo destacou como a glutamina auxilia na manutenção das funções imunológicas, principalmente em atletas sujeitos a treinamentos intensos, reduzindo o risco de infecções. Esse aminoácido também é uma fonte de energia para as células intestinais e ajuda a manter a barreira intestinal - e a integridade da mucosa intestinal é vital para a saúde geral. Um estudo no "American Journal of Physiology - Gastrointestinal and Liver Physiology" (2008) demonstrou que a glutamina pode contribuir para a preservação da função de barreira intestinal em situações de estresse. E o exercício físico gera um tipo de estresse para o corpo! Além de outros fatores e situações que acontecem no cotidiano.
Um estudo publicado no "Journal of Applied Physiology" (1995) observou que a glutamina desempenha um papel na regulação do balanço nitrogenado em atletas submetidos a treinamento intenso e o equilíbrio do nitrogênio é crucial para a construção muscular e a síntese proteica.
“Mas Gabi, quanto de glutamina devo/preciso suplementar?” A dosagem recomendada de glutamina para suplementação pode variar dependendo de fatores como o peso corporal, nível de atividade física, objetivos de treinamento e saúde individual. Geralmente, a dosagem de glutamina varia de 5 a 15 gramas por dia, divididos em doses ao longo do dia.
No entanto, é importante ressaltar que a glutamina também é encontrada em alimentos ricos em proteínas, como carne, peixe, ovos, laticínios e leguminosas. Portanto, se você já possui uma dieta equilibrada e rica em proteínas, pode não ser necessário suplementar com quantidades muito altas de glutamina.
Resumindo, a glutamina se destaca como um aminoácido multifuncional que influencia positivamente diversos aspectos da saúde e do desempenho humano!
Obrigada pela leitura e até a próxima!
Gabi
Referências:
Rogero, M. M., Tirapegui, J., Pedrosa, R. G., & Pires, I. S. (2015). Effects of glutamine supplementation on muscular performance: A systematic review. Journal of Sports Science & Medicine, 14(1), 65–70.
Gleeson, M., Bishop, N. C., & Oliveira, M. (2002). T-cell function and glutamine. Nutrition, 18(11-12), 971–973.
Rao, R. K., Samak, G., & Kubheka, P. (2008). Role of Glutamine in Protection of Intestinal Epithelial Tight Junctions. Journal of Epithelial Biology & Pharmacology, 2(Suppl 1-M7), 5–9.
Castell, L. M., Poortmans, J. R., Leclercq, R., Brasseur, M., & Duchateau, J. (1995). Dietary glutamine supplementation as an ergogenic aid in endurance-trained runners. European Journal of Applied Physiology and Occupational Physiology, 71(5), 419–424.
Cooper, A. J., Forchetti, C. M., & Goodwin, G. M. (2017). Cerebral injury in the Gln synthetase deficient mouse. Journal of Clinical Neuroscience, 45, 164–166.