O período de recesso, férias, fim de ano ou uma pausa natural da temporada é um momento importante para o corpo e para a mente do atleta. Descansar faz parte do processo de evolução, mas é justamente nessa fase que acontecem os maiores erros: parar tudo de uma vez, abandonar completamente a dieta, reduzir drasticamente a ingestão de proteínas, descuidar da hidratação ou exagerar no álcool e em ultraprocessados. Essas escolhas, quando somadas por algumas semanas, aceleram a perda de força e condicionamento, dificultam o retorno e aumentam a sensação de “voltar do zero” em janeiro.

O problema não é descansar; é desligar 100% dos hábitos que você levou meses para construir. Por outro lado, alguns acertos simples transformam totalmente o impacto do recesso. Manter treinos leves, como caminhadas rápidas, pequenas sessões de força ou treinos técnicos, já ajuda a preservar grande parte das adaptações. Ajustar a alimentação sem abandonar a dieta é essencial: garantir proteínas adequadas, não exagerar nos excessos e manter nutrientes básicos já faz enorme diferença na composição corporal e na recuperação.

A hidratação inteligente continua sendo fundamental, especialmente no calor do fim de ano; mesmo com treinos mais curtos, o uso de eletrólitos reduz a fadiga, dores de cabeça e aquela queda de energia típica dessa época. Cuidar do sono, moderar o álcool e manter uma rotina mínima de movimento também favorecem o bem-estar geral.

Quando o atleta se afasta totalmente da rotina, o corpo naturalmente começa a perder algumas das adaptações construídas ao longo dos meses. Mas isso não significa que o recesso precisa virar retrocesso. Pequenos hábitos, como treinos leves, boa alimentação e hidratação adequada, já são suficientes para manter a base e fazer com que o retorno seja muito mais rápido e tranquilo. Por isso, descansar é importante e faz bem, mas preservar alguns pilares simples faz toda a diferença para começar o próximo ciclo com mais leveza, disposição e consistência.