No esporte, cada detalhe conta. Além do treino e da recuperação, o ambiente também pode influenciar diretamente a performance. Treinos e competições em locais de calor intenso não apenas desafiam o corpo, como também podem ser aproveitadas de forma estratégica para gerar adaptações fisiológicas.

Um artigo publicado no International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism reuniu as principais evidências sobre como o calor e a altitude impactam o desempenho. Treinar em ambientes quentes eleva a temperatura corporal, acelera o uso de glicogênio e aumenta a sobrecarga cardiovascular. Porém, com aclimatação de 10 a 14 dias, o corpo se adapta, resultando em maior volume plasmático, transpiração mais eficiente e menor frequência cardíaca para o mesmo esforço.

Essas adaptações não são permanentes e começam a se perder rapidamente sem a continuidade da exposição. Por isso, recomenda-se planejar o processo de aclimatação próximo à competição. Além de ajudar em ambientes quentes, há indícios de que o calor também pode melhorar o desempenho em condições normais, por mecanismos como maior economia de corrida.


Nutrição e hidratação são fundamentais nesses processos. No calor, a reposição de líquidos e eletrólitos ajuda a manter o volume plasmático e controlar a temperatura corporal. 


Assim, o calor não deve ser visto apenas como obstáculo. Quando aplicado de forma planejada e com suporte nutricional adequado, torna-se um recurso poderoso para impulsionar a performance esportiva.

 

Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30676138/

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